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Artigo: DA NECESSIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO DAS SMART CITIES PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL DOS GRANDES CENTROS URBANOS - ARMANDO LUIZ ROVAI



Nos últimos anos, um tema que tem sido muito abordado diz respeito às cidades inteligentes. A fim, de elucidar o que é uma “Smart Citie” pode-se utilizar o conceito definido pela União Europeia:

Smart Cities são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida.  Esses fluxos de interação são considerados inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. De acordo com o Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, 10 dimensões indicam o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia[1].”

Vale consignar que diversos municípios ao redor do mundo já estão se enquadrando nesta nova forma social. Neste sentido a Metrópole São Paulo – que ocupa o posto de maior cidade da América Latina, sendo considerada um grande centro de negócios, polo de investimentos e tecnologias -, deve se posicionar e começar a tomar atitudes de implementação para melhorar o seu desenvolvimento.

Vê-se, apesar de tardiamente, que o conceito de uma cidade moderna e inteligente está ganhando forma e começando a ser implantada na Megalópole, iniciando-se pela revitalização do centro urbano, viabilizando a utilização de tecnologias nas relações empresariais e negocias e expandindo a infraestrutura urbana, com ampliação da malha metroviária e meios de transportes alternativos e sustentáveis.

Todas essas melhorias visam contribuir para o melhor desenvolvimento social, erradicação da pobreza, geração de empregos, excelência educacional, sanitária, acesso a energia e, principalmente, redução das desigualdades sociais, reduzindo em ato contínuo a violência.

Vale destacar que os últimos anos foram de aprendizados contínuos, onde o setor empresarial e a população tiveram de se adaptar a adquirir produtos do conforto dos seus lares, porém, também, trabalhar em sistema de home office, em virtude da pandemia do COVID-19, ou seja, os meios eletrônicos e a internet foram inseridos na vida cotidiana de maneira ainda maior do que ocorria nos idos de 2019.

As novas formas de comunicação e de laboro possibilitaram uma interação maior entre as gerações mais experientes no mercado de trabalho e a entrada em cena da nomeada geração Z de funcionários, os chamados “Nativos Digitais”.

Neste contexto, resta evidente que as cidades inteligentes terão papel fundamental para possibilitar que os gestores tradicionais consigam, através de meios de tecnologia e eficiência nos serviços, unir a experiência dos profissionais da velha guarda com essa nova geração detentora de energia, criatividade e interatividade joviais que podem dar uma nova vida ao dia-a-dia da empresa e facilitar o seu crescimento.

Ainda, na mesma toada das “smart cities” a busca por interatividade laboral entre as diferentes gerações nas sociedades pode ser muito boa, tendo em vista que os técnicos tradicionais têm experiência e capacitação de muitos anos e os vindouros tecnológicos são aprendizes velozes, e muito disso tem a ver com seu relacionamento próximo e natural com a internet, o que está, intimamente, ligado ao futuro do mercado de trabalho moderno.

Ante o exposto, resta evidente que a aproximação dos meios de tecnologia nas cidades são necessários, no caso específico de São Paulo tivemos o pontapé inicial com a revitalização do centro da cidade, busca por novos investimentos na região e a valorização do trabalho humano, porém para que os preceitos de diminuição de desigualdades sociais, erradicação da pobreza e melhor qualidade de vida aos cidadãos seja possível será necessário um incessante aprimoramento das empresas, a fim de viabilizar a interação de gerações funcionários, propiciando empregos a todos e fomentando o desenvolvimento tecnológico.

Armando Luiz Rovai é Doutor em Direito pela PUC/SP. Especialista pela Universidade de Salamanca e Università di Bologna. Professor de Direito Empresarial da PUC/SP e do Mackenzie. Foi Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP, por 04 mandatos. Foi Presidente/Superintendente do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo. Foi Secretário Nacional do Consumidor – SENACON/MJ. É Advogado e Parecerista. Presidente da Comissão Especial da Advocacia Empresarial da OAB/SP.

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